domingo, 3 de outubro de 2010

Marina dá o troco e impede a vitória de Dilma

 

 
Marina Silva deixou o Ministério do Meio Ambiente exatamente porque bateu de frente com Dilma Rousseff e deu o troco nas eleições deste ano, ao impedir a vitória da petista no primeiro turno. Leia abaixo como foi a saída de Marina do Governo Lula e pense bem antes de votar no segundo turno.
 
Nesta terça-feira, Marina Silva - ministra do Meio Ambiente desde janeiro de 2003 - entregou carta de demissão ao presidente Lula, que se irritou com o que chamou de uma atitude "espetaculosa", por parte da ex-ministra.

Um dos motivos do pedido de demissão alegados na carta foi a dificuldade do MMA - Ministério do Meio Ambiente em cumprir a agenda ambiental federal, tendo em vista as resistências de outros setores do governo e da sociedade. Marina ainda afirmou que, muitas vezes, só foi possível dar continuidade às ações por intervenção pessoal do presidente.

Ela ainda ressaltou as conquistas do MMA - que em gestões anteriores costumava ser deixado de lado -, como a criação de áreas de conservação federal, a aprovação do plano de combate à desertificação e o plano nacional de mudanças climáticas - em andamento. Marina Silva ainda citou a realização de conferências nacionais sobre meio ambiente e o encaminhamento de diversas políticas socioambientais.

A ex-ministra finalizou a carta dizendo que seu trabalho procurou dar continuidade às políticas que optavam pelo desenvolvimento sustentável e completou: "Deixo seu governo com a consciência tranqüila e certa de, nesses anos de profícuo relacionamento, termos feito algo de relevante para o Brasil".

Assim que chegou ao ministério, Marina lutou contra a liberação da soja transgênica e perdeu a briga com o Ministério da Agricultura, que conseguiu legalizar o plantio e a comercialização do produto. A aceleração do desmatamento no Brasil, o impasse sobre a transposição do rio São Francisco, o licenciamento de hidrelétricas na Amazônia e a decisão de construir cinco usinas nucleares - entre elas, Angra 3 - foram situações que aumentaram o mal-estar junto a outros ministérios.

Marina Silva também entrou em conflito direto com Dilma Roussef, chefe da Casa Civil, por conta do embate entre a demora do IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis em conceder licenças ambientais e o atraso no andamento das obras do PAC - Programa de Aceleração do Crescimento, do governo federal, como o leilão das usinas no rio Madeira, em Rondônia. Marina se mostrou resistente à execução de certas obras que prejudicavam o meio ambiente.

Também enfrentou indisposição com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, em função do plantio de cana em áreas degradadas da Amazônia, Pantanal e Mata Atlântica.

Na última segunda-feira, 12 de maio, durante o lançamento do Programa Brasileiro de Inventário Corporativo de Gases de Efeito Estufa, a ministra fez críticas aos biocombustíveis, dizendo que o Brasil vai contribuir com a alternativa, mas precisa respeitar limites ambientais e a produção de alimentos.

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